Muitas Janelas – Uma Criação
Reflexões, de Shiv Charan Singh, inspirado na Numerologia de 2023
Preâmbulo
O ciclo anual é um ciclo natural. Entendido como uma rotação da terra à volta do sol. Um ciclo em que a vida amadurece da semente ao fruto.
Existe um amplo acordo coletivo do número que nomeamos para cada novo ano.
Este acordo apela às qualidades desse número para as nossas vidas. Permitindo que a sua influência se infiltre no nosso mundo.
E sobre os números? “Se não sabe números então não sabe nada”. Os números são o espírito subtil, invisível, do mundo. Sem os quais nada existiria. Cada número traz as suas propriedades vibracionais únicas para o ambiente em que habita.
A referência aos números do ano é uma oportunidade e forma de dar um enfoque renovado à contemplação e à reflexão. Este documento apresenta alguns dos temas dos números relevantes. Lembre-se também que “se só se conhecem números, não se sabe nada”. Por esta razão, é importante não ler este texto como uma profecia para o ano. É um comentário criativo, e o leitor é convidado a selecionar as suas próprias áreas de atenção e ênfase. O futuro é sempre um encontro entre o inevitável e o que trazemos para o encontrar.
2023
Todos os anos entram em campo 3 números diferentes e oferecem-nos as suas qualidades, os seus desafios e as suas virtudes.
Para o ano de 2023, o número 3 aparece no lugar do 2.
Como este número (3) é o que muda tudo o resto, então ele representa o solo, a base, a fundação ou a âncora.
É o número-gatilho e o número-semente do ano. O impulso profundo, a essência primordial. Pode ser entendido como o tesouro escondido ou o sabotador, o diamante ou o demónio, do ano.
22 era 4 (2+2=4) agora torna-se 23. 2+3 = 5.
este número fornece o potencial latente, o dom, o eixo vertical e o espírito do ano.
O número abrangente do ano é o seu total, que ascende a 2023 = 7.
enquanto que o 3 é o impulso de gatilho para as qualidades do ano. O 7 é para onde as coisas estão a ir. O desdobramento, o destino, a floração do ano. Este texto irá, portanto, centrar-se principalmente nas qualidades do 7 e considerará o que isso poderá significar para a psique coletiva durante o ano de 2023.
7 é o número do Campo Eletromagnético – Aura.
dá um foco sobre a qualidade do espaço psíquico, mental. Enquanto 3 é o espaço tridimensional visível.
Mudar os nossos Pensamentos, Palavras e Ações
3 e 7 são os números dos padrões de repetição, de ação 3, de pensamento e crença 7. O número 5 é o número do desafio, aprendizagem através da experiência, comunicação e mudança. Com a presença destes 3 números podemos dizer que, embora a história se repita, ela também oferece uma oportunidade para aprender e mudar. O ano que se avizinha será bastante revelador a este respeito.
Quem é Amigo, Quem é Inimigo, Quem sou eu?
O 5 está também associado ao sentido de Identidade. Isto indica que qualquer mudança no mundo terá origem numa mudança no sentido de quem somos. O quanto somos limitados e regidos por fronteiras geográficas e territoriais e as identidades que lhes estão associadas. Deveremos construir muros e barreiras maiores entre nós. Ou podemos ver através destes limites e expandir o nosso sentido da Família Global. Será que vivemos na suspeita de quem é amigo e quem é inimigo? Quem acredita no que eu acredito e aquele cuja crença é contrária à minha? Ou será que podemos afastar-nos da discussão. Será que podemos reconhecer que precisamos de ajuda, que o chamado inimigo precisa de ajuda? A ajuda é um tema do número 3. Será que podemos alcançar algum entendimento mútuo e ajudar-nos uns aos outros? Como podemos tomar partido quando percebemos que todos somos um. Para além de todas as aparências e variações exteriores, podemos dizer: “Vejo-me a mim em ti, vejo-te a ti em mim”. Este é um dos desafios do ano que se avizinha.
O Dharma e o Karma do 7
Cada número, e o corpo espiritual associado, pode manifestar-se de uma forma dharmica (hábitos que servem o nosso espírito -virtude) ou em padrões kármicos (hábitos aos quais somos escravos – vírus). O quadro abaixo mostra alguns dos temas contrastantes do número 7 e do Corpo Áurico.
A Lente daquele que vê (vidente)
O 7 é a polaridade para o número 3 [em 23]; no sentido numerológico em que 7 + 3 = 10. Estas são as duas extremidades do eixo frontal e posterior do espaço que habitamos. Como 3 é o mundo tridimensional visível que surge à frente dos nossos olhos. O 7 é a plataforma de observação. Aquele que vigia/observa o mundo. É a lente do vidente, o observador. Há 7 cores vistas no arco-íris, mas com elas podem ser feitas muitas combinações de cores. Do mesmo modo, existem muitas variações de janelas através das quais cada um de nós pode olhar para o Mundo Único. Ainda assim a Criação é Uma Ecologia Inteira. EK OngKar – Como o Guru Naanak fraseou. O Um, ou a Unidade, alargada, prevalecendo e permeando toda a Criação. Toda a Criação é o Corpo de Deus.
O 7 pede-nos, e oferece-nos, uma visão aérea sobre qualquer situação, como dos olhos de um pássaro. Não se trata aqui de superioridade. Trata-se de nos afastarmos do drama para vermos o panorama geral. Paradoxalmente, significa também ver as coisas de perto. Ver por si próprio, com os seus próprios olhos. Embora também possamos ficar presos a um nível superficial, onde só acreditamos no que vemos diretamente à nossa frente. Não pensar mais profundamente e ver para além da superfície. A maior capacidade do 7 é a de ver através. Pense na Aura (Campo Magnético). Não a vemos com a nossa visão normal. No entanto, sabemos que ela existe. É mensurável com instrumentos, mas poderíamos aprender a vê-la com os nossos próprios instrumentos interiores.
Temos tendência a olhar para a vida através de um foco amplificado como um telescópio ou microscópio. Além disso, é mais provável que nos vejamos a nós próprios e aos outros através de um tipo de caleidoscópico com lente filtrada. A lente não só amplifica e distorce o que vemos. Esta amplificação também amplifica o nosso próprio ego. O efeito da lente também limita o alcance da nossa perceção. A lente visa o seu foco de observação. Dessa forma, vemos o que queremos ver, e bloqueamos o que não queremos ver. Procuramos provas do que já acreditamos, o que sugere que não estamos seguros na nossa crença.
Quando vivemos apenas pela visão, apenas pela crença, então muita informação é ignorada. Ver uma coisa é não ver a outra. De dia não vemos as estrelas. na noite escura, vemos muito pouco do nosso ambiente imediato. No crepúsculo, o que tinha cor e forma transforma-se numa silhueta bidimensional.
O mundo do comércio depende muito do efeito hipnótico e ilusório do sentido visual. Perdemo-nos no centro comercial multidimensional. O jogo de cores que compõem o Campo Magnético, que é o Campo da Maya, que é também o Campo da Mente. Um espaço psíquico e eletromagnético que puxa a consciência para a sua própria curva e distorce a nossa perceção da realidade. O resultado é uma selva mental, um labirinto mental, e um calabouço mental.
Quem está a observar quem, e porquê?
Estamos cada vez mais conscientes de habitar um mundo onde as lentes do observador, os monitores, estão em todo o lado.
A consciência de ser observado transforma o observado num observador. Aquele que é observado acabará por internalizar a observação e tornar-se-á o seu próprio censor. Agora o observador está a observar para ver se e como te estás a observar a ti próprio.
Saber que estamos a ser observados pode levar-nos a assumir porque é que o outro está a observar, bem como a assumir a apreciação, avaliação, ou julgamento, que o observador está a construir. Este conhecimento e os
pressupostos que se seguem terão efeitos significativos no comportamento do observado. Por outras palavras, o nosso próprio observador, mal informado, está a controlar as nossas próprias palavras e ações.
Começa com a família, estende-se depois à rua, aos professores na escola, amigos, espaços de emprego, domínios sociais, religiosos e políticos.
Estou certo?
Um dos mecanismos que está a ter lugar, nos bastidores da nossa própria forma de observar o mundo, é que todos querem estar certos. Ninguém quer estar, ou gosta de estar, errado. De onde é que isto vem? O orgulho da identidade temporária da mente-ego desempenha um grande papel nisto. Há certamente alguma recompensa química que reforça este programa. Sabe bem-estar certo.
Se não puder estar certo, o ego-mente move-se para o modo destrutivo. Nem sequer quer que os outros estejam certos. Podemos tornar-nos autodestrutivos ou ter os outros como alvo. É uma espécie de ressentimento e vingança. A importância que atribuímos a estar certo levar-nos-á a mentir das formas mais complexas. Esta estratégia acaba por se voltar contra nós mesmos; nessa mentira sufocamos o nosso espírito. as pessoas dizem que nós criamos a nossa realidade. Na realidade, criamos a nossa perspetiva da realidade. A realidade subjacente não é algo que possamos criar ou alterar. Pelo contrário, criamos sobre a base da contínua realidade desconhecida sem a qual não haveria criação. Criamos as nossas fantasias, destruímo-las, depois reconstruímo-las, e assim o ciclo continua. No entanto, praticamente nada muda realmente e não despertamos. Algumas pessoas cairão mesmo em depressão e desespero ao ficarem cegas por onde estão a errar, ou acreditam que estão a errar. Perderão completamente a consciência sobre onde as coisas estão a correr bem. É um estado hipnótico.
Não é um crime querer desfrutar da sensação de estar certo. É natural. Alinhando e harmonizando com a ordem natural das coisas, como mostram as leis da natureza, e os princípios universais, também apreciaríamos o sentimento de estar certo, correto, apropriado. Ouvindo, e obedecendo à nossa intuição, à voz da nossa alma, chegaríamos ao mesmo sentimento aprazível de estarmos certos. E isto é dharma. Não se trata de uma competição sobre e contra os outros. Estar certo não significa que mais alguém esteja errado.
Causa e Efeito:
Falar de criação e destruição leva-nos ao tópico de causa e efeito. A cadeia de ação e reação. De resto referida, ou conhecida, como karma. Esta é a única lei a que todos nós estamos sujeitos. A lei que criou a criação. Não uma lei criada pela criação (lei concebida pelo homem).
As leis concebidas pelo homem variam em todo o mundo. Elas vêm e vão à medida que diferentes culturas, tendências e civilizações surgem e desaparecem. Enquanto as forças básicas da criação se combinam em sequências inevitáveis e imparáveis. Se a lente através da qual vemos o mundo fosse clara, então seríamos muito melhores a prever os resultados dos pensamentos, palavras e ações que projetamos, expressamos e manifestamos.
Esta lei não deve ser considerada um castigo. Embora tenha sido frequentemente julgada e apresentada como tal. É a bondade do Criador. É o mecanismo mais simples e mais poderoso para a aprendizagem.
O Criador não é o nosso Inimigo:
O Criador da criação não é nosso inimigo. O Guru Naanak descreveu a qualidade da Unidade Suprema como Nirvair. Sem inimigo ou animosidade. Deus não está contra nós, ainda que muitas vezes possa parecer o contrário.
Podemos ajustar a nossa perspetiva, a nossa maneira de pensar. Para compreender que tudo é para nós. O palco, o teatro, da vida, tudo foi montado, arranjado, disposto, para nós. Até ao mais ínfimo pormenor. Para experimentar, despertar, aprender, para nos transformarmos. Conhecer o Criador dentro da criação. Podemos desfrutar muito mais da vida se pudermos voltar sempre a recordar – tudo isto é para nós.
Reconhecer, Aceitar e Concordar:
Há 3 passos ou fases a seguir para fazer este ajustamento. Para sair da ilusão do conhecimento através do qual tentamos controlar e manipular o nosso mundo.
A primeira é através da transparência da testemunha. Desta forma, somos colocados numa posição que nos permite ver realmente o que se passa. Para reconhecer a unidade de pensamento e ação, de mente e corpo. Para reconhecer as ligações entre causas e efeitos. Reconhecer que para tudo o que atraímos há algo que repelimos igualmente. Para tudo o que criamos há algo que destruímos. para tudo o que tentamos controlar haverá uma força igualmente oposta reagindo aos nossos esforços. Que nós somos a causa do nosso próprio inferno. Ninguém nos está a fazer isso. Reconhecer que a rebelião – não é a revolução. Tal como o esclarecimento não é libertação. Que não há cura final sem perdão.
Ver tudo isto já é suficientemente desafiante, mas depois somos desafiados a enfrentar plenamente o seu significado para as nossas vidas. Esta jornada, ou processo, de aceitação é a segunda etapa. Os velhos hábitos e padrões têm uma vida própria e não caem sozinhos. Podemos analisar as fontes e causas dos nossos mal-entendidos durante anos, mas isto não nos liberta deles. A desaprendizagem só é possível quando há uma reaprendizagem simultânea. O entendimento que vem com a transparência requer repetição frequente. Somos concebidos para sermos criaturas de hábitos. Por conseguinte, o hábito de repetição de compreensão perspicaz é necessário para deslocar os nossos pontos de vista errados. Isto é conhecido como japa.
A aceitação tem outra dimensão pró-ativa que é referida como “simular para o fazer”, ou “agir como se”. Nem sempre sentiremos a ligação com a clareza que vem com uma compreensão profunda. Isto pode resultar em dúvida e abandono do caminho. Faz sentido, portanto, manter a disciplina de voltar e recalibrar com o entendimento, o discernimento e a transparência que surge quando somos testemunhas de todo o espectro. À medida que avançamos no alinhamento com a ordem natural da vida, isto equivale a “estar de acordo com”. Já não ter qualquer resistência, mesmo acidental, ou subconsciente. Em vez disso, ser proactivo em plena colaboração com o jogo Divino. Reconhecendo o nosso papel, aceitando o nosso papel, concordando com o nosso papel, e, portanto, desempenhando-o bem; e ainda sem apego.
Prontos, e dispostos a perdoar:
‘’Praticar o perdão é o verdadeiro jejum, a boa conduta e o contentamento.’’ SGGS p223
Como tudo nos é dado, então podemos viver a vida de uma forma que seja para o dador. Reconhecer, aceitar e concordar com os dons, inclui reconhecer, aceitar e concordar com o dador dos dons.
A participação no perdão que desejamos para nós próprios é a expressão final deste acordo.
Perdoar é deixar de tentar estar certo
Perdoar não é negar o lugar da justiça; é uma qualidade do 6, que vem naturalmente antes do 7.
Abandonar o passado exige também a transformação do medo em fé espirituosa. Mais uma vez uma qualidade do 6.
A vingança nunca será satisfatória. E pelo não perdão sofremos muito mais do que aqueles que não podemos perdoar.
A mente tenta convencer-nos de que precisamos de compreender primeiro, mas muitas vezes a compreensão só pode vir depois. Uma vez que o não-perdão nos cega à verdadeira compreensão.
O não perdão, não é apenas uma resistência subtil para permitir que a outra pessoa siga em frente. Também nos impede de seguir em frente. É a prisão em que temos a ilusão de segurança. É um fardo e uma sombra escura na nossa aura.
Perdoar é permitir. Permitir ao outro, e a si próprio, ter uma oportunidade na vida. Uma oportunidade de curar. As pessoas perguntam frequentemente “como é que eu perdoo”. Perdoar não é algo ‘a fazer’. É ‘parar de fazer’. Parar de se agarrar ao passado. Parar de ter o passado como uma desculpa, uma muleta, ou um adereço, para evitar seguir em frente na vida. Parar de esperar por alguma solução. Parar de tentar consertar o que pode estar estragado para além da reparação. Parar de precisar de estar certo.
O perdão não significa ser cego. Ver o que foi, ver através dele, aprender com ele, e depois perdoar. Depois disso, se contar a história, então conte a história toda, incluindo a parte do perdão.
Perdoar não é fraco. Liberta energia. Como o número 8, que o Corpo Prânico, segue a partir do 7.
Aquele que vê é aquele que pode perdoar. Se não virmos um crime, então não há nada a perdoar.
Podemos não ver o crime porque já temos a nossa visão focalizada muito para além das manifestações superficiais. Ou somos cegos, ingénuos, distraídos e assim por diante. Na maioria dos casos, contudo, vemos, em nós próprios ou nos outros, os erros, erros, confusão, ângulos mortos, etc. É-nos dado ver estas coisas para que possamos beneficiar da prática do perdão. É neste sentido que dizemos que quem vê o crime é também aquele que o perdoa. Isto levanta o desafio de desenvolver a pré-disposição para perdoar.
A pré-disposição para perdoar:
É um acordo proactivo que o coloca à frente do tempo
Não significa esquecer – no sentido de que devemos aprender com o passado
Não significa que não haja justiça. As consequências devem ser cumpridas
Não significa ser cego ou ignorar
Não é uma mera aceitação passiva, que conduzirá à apatia e à paralisia.
Cria uma janela/quadro transparente para um futuro diferente
Estabelece uma plataforma, uma dada instalação. Não é uma atividade. Uma perspetiva pré-definida
Permite-nos relacionar autenticamente a partir do coração
Está orientado para as possibilidades e oportunidades.
Pode vir de ou torna possível a compaixão e a paz.
Exige que sacrifiquemos a identidade da vítima e o drama;
Tais como, autocomiseração, procura de atenção, vergonha, culpa…
Neutraliza os jogos de esconde-esconde, usa/desculpa, culpa/reclama, orgulho/vergonha, nega/confessa, etc.
Confronta-nos a assumir a responsabilidade pela nossa própria experiência
Dissolve ressentimentos antigos e impede-nos de nos tornarmos em cínicos ingratos e amargos
Muitas Janelas: 1 Criação
Na forma ocidental de escrita, simbolizando, o 7 mostra-se como uma plataforma.
Esta é uma plataforma da vista elevada. É a posição comum de um chefe de equipa, supervisor de escritório. Embora possa facilmente tornar-se a plataforma de superioridade. Sem os jogos do ego-mente, é simplesmente
o lugar dentro de nós onde somos o observador, recuamos, vemos o panorama geral e testemunhamos tudo sem preconceitos.
No entanto, a faculdade de testemunhar também está associada à faculdade de julgar. Não é realista, e provavelmente não é honesto, dizer que não julgamos. A faculdade de julgamento em si não é um problema. Depende do que fazemos com o que vemos. Como utilizamos a faculdade. É uma faculdade que serve a nossa funcionalidade no mundo tridimensional. Permitindo-nos medir qualquer situação ou pessoa, a fim de melhor informar as decisões e a ação resultante.
É uma faculdade que prefere ser ativa. Quando não é bem aplicada ao benefício harmonioso das nossas vidas, e das vidas dos outros, então desvia-se para uma perspetiva de julgamento mal informada sobre o mundo que nos rodeia. Querendo estar certos, e não errados, saltamos rapidamente para suposições, falsas conclusões e projetamos rótulos uns sobre os outros. Equipamo-nos com falsos conhecimentos, nascidos do facto de sermos demasiado rápidos a colocar as pessoas em caixas, e a visão estreita que daí resulta. Nós, geralmente de forma inconsciente, utilizamos este conhecimento limitado para exercer alguma forma de controlo (em última análise, manipulação) no nosso ambiente. Por outras palavras, esta faculdade mental torna-se o instrumento para projetar o certo e o errado, o bom e o mau, sobre as pessoas. Além disso, prepara a escrita de um guião intelectual engenhosamente pensado para sustentar a sua posição. Seguido de estratégias de controlo como a monitorização, o policiamento e a censura (filtragem). Criando um mundo de vencedores e perdedores. O passo seguinte está ligado aos jogos de ataque e de defesa. Onde punimos e vingamos os chamados maus/falhados, e celebramos e recompensamos os chamados bons/vencedores. Torna-se um ciclo auto-perpetuador e auto-justificador, que efetivamente é o inferno na Terra.
Algum Conteúdo sobre o Inferno na Terra
Vamos voltar à testemunha. O que é preciso para simplesmente ver sem reação. Para ver sem filtros. Para ver sem preconceitos. Para ver como Deus, o Criador, vê. Para ver o jogo do mundo como ondas no oceano, para onde correm todos os rios.
Há muitos ângulos a partir dos quais se pode perceber o mundo. Múltiplos símbolos que acabam por transmitir uma única mensagem. Cada artista, músico, bailarino e poeta dá a sua própria expressão.
Todos eles descrevem combinações do mesmo amor, dor e beleza da vida. Muitos sinais ao longo dos percursos do nosso labirinto comum.
Muitos portais, portões, portas e limiares a atravessar.
Todos partimos pela mesma saída, no final.
Cada arquiteto projeta um edifício para um estilo e uma finalidade preferidos diferentes.
No entanto, permanecemos sob o mesmo céu como o nosso telhado partilhado.
Isso não precisa de pilares ou arcos para o sustentar.
A chama tem muitas cores, de acordo com o material que está a ser queimado.
Ainda assim, a natureza do fogo continua a ser a mesma.
Como muitas lâmpadas que brilham nas noites das nossas casas.
Todas as meras sombras da única luz oculta omnipresente que ilumina o nosso profundo entendimento. Muitas chávenas contendo muitos sabores.
A água pura da vida não é diferente em cada um ou em todos.
Tantas histórias para captar a nossa atenção.
Todas as variações do único guião original.
Usamos muitas máscaras e apresentamos muitas caras.
O espírito que nos dá fôlego é só um e é o mesmo.
Todos interpretamos os nossos diferentes papéis no teatro da vida.
Entretanto, o realizador é singular e permanece distinto do espetáculo.
Tantas janelas para a Realidade Una.
Órgão do Coração, Circulação, Músculo do Ego-Mente
Não entrarei em detalhes, mas deixarei o tópico do número 7 com um lembrete de que é o número do órgão do coração no corpo físico. É um músculo que pode respetivamente obedecer ao pulso da diretiva do espírito que provém dos ossos e através do sangue. Ou, tal como o herói do superego, também conhecido como a identidade errónea construída pela mente, força a sua própria agenda de controlo sobre todo o sistema. Eventualmente, isto causará grande sofrimento ao coração.
Pense no que o coração faz pelo corpo físico e depois traduza-o para a espécie humana como se fosse um só corpo. Então pergunte a si próprio como é que o coração das humanidades está a funcionar neste momento? Onde estão as artérias a fluir e como está o retorno venoso? Estará o sistema de fornecimento de vida nutritiva a circular e a chegar a toda a parte do mundo de forma igual. Como é que estamos a lidar com o processo de reciclagem? Estão a acumular-se depósitos tóxicos, o que acabará por sobrecarregar o sistema?
Número 3:
Devido à sua posição, a influência e as propriedades do número 3, em 2023, podem ser comparadas a uma nova semente a ser plantada. Um novo impulso e uma nova orientação para o ano.
O 3 está associado ao espírito do mundo tridimensional. O mundo no qual agimos e nos tornamos visíveis. O mundo tridimensional de Maya não é uma ilusão. É um campo em que a nossa perceção fica distorcida, um domínio que produz ilusão na nossa consciência. Existem 3 grandes ilusões causadas por este campo psico-magnético. Num ano em que o número 3 está presente, podemos imaginar que estas 3 ilusões tanto se poderão tornar mais fortes na sua influência ou mais transparentes e evidentes. Podemos rotular estas 3 grandes ilusões como o sentido de separação, a superficialidade (a crença de que o que vemos na superfície é tudo o que existe) e a fixação em coisas e pessoas nas nossas vidas sendo permanentes, mesmo quando sabemos que elas não o são.
No nível pessoal o 3 é a Mente Positiva. O aspeto ocupado da nossa mente que irá afirmar e reforçar o que quer que seja colocado no seu campo de operação. Algumas das suas principais qualidades são igualdade, respeito, apreço, autocuidado, gentileza, esperança no meio da desesperança, alegria e ação eficaz. Caso contrário, karmicamente, regressa a raiva, desespero, mentalidade de vítima, e a falta de autovalorização, autoestima, autocuidado, autorrespeito.
A mente positiva funciona da mesma forma que funcionam os algoritmos. Ou podemos dizer que os algoritmos são uma manifestação da mente positiva. A nossa mente positiva usará seletivamente, ou abusará, e elaborará sobre a informação que tem disponível ou a que pode aceder.
A Inteligência Artificial está claramente a ser concebida e programada para recolher informação e assumir o
papel da mente positiva. Aqui reside um desafio para cada um de nós; manter a posse da nossa própria faculdade de afirmação. E para escolher conscientemente aquilo a que dizemos sim. Em vez de deixar o mundo do marketing digital fazê-lo por nós. Caso contrário, a aceitação deixa-nos como meras marionetas de uma mente positiva coletiva artificialmente construída. Os 3 níveis de aceitação no caminho do despertar são: Aceitar e incluirmo-nos a nós próprios como uma parte igual da criação.
Aceitar todos os acontecimentos e objetos que realmente existem como uma parte igual da criação; tendo igual valor.
Aceitar todos os seres e criaturas como sendo partes iguais, e participantes iguais, da criação.
Há 3 maneiras que tendemos a responder a qualquer situação.
Registar para futura referência ou vingança. Esta é a mente negativa.
Tomar medidas eficazes (caso contrário, reagiremos por reflexo com base em padrões antigos). Mente positiva. Ou podemos permanecer no momento presente e libertar imediatamente a situação. Mente neutra.
A combinação do 7 e 3 leva ao tema da permissão para ser feliz. Permissão para se divertir. Significa literalmente gozar a própria existência de ser um eu vivo. Enfrentar o mundo com um sorriso. Não por qualquer outra razão que não seja o facto de poder. É nosso direito ser feliz, mas ninguém nos deve isto. É apenas o nosso próprio sistema de crenças que irá restringir ou permitir a nossa própria felicidade. Além disso, isto não é para esconder ou encobrir as mágoas da vida. Mas o poder, a paixão, dessas tristezas pode capacitar-nos para um amanhã melhor. Requere formação, ação e repetição para tornar realidade o estado de alegria não dependente, entusiasmo injustificado pela experiência do eu.
23: 2+3=5:
O 5 é experiência, e todas as experiências são a modificação da autoexperiência. Através dos 5 sentidos.
Aqui estão alguns temas do número 5 e o Corpo Físico como Corpo Espiritual; ao serviço do espírito: Mensageiro, comunicação, conexões, ponte, desafio, sacrifício, troca, mudança, reversão, inversões, paradoxo, identidade, harmonia, saldo, equilíbrio.
É uma época em que as coisas podem ir em sentido contrário. Quando as coisas se tornam o oposto do que eram. A ordem das coisas, os sistemas do mundo, podem passar por uma grande inversão. A ordem natural por vezes rebela-se e perturba a ordem estabelecida pelo homem.
Ligar o paradoxo e a inversão aos números 3 e 7 leva a coisas como:
A minoria torna-se a maioria e a maioria torna-se a minoria.
O vigilante/observador torna-se no vigiado/observado, e aquele que é visto torna-se o vidente.
O oculto torna-se visível, o visível torna-se oculto.
Ter esperança no meio do desespero.
Dizer sim quando não há razão para dizer sim.
Se tens uma prática e um caminho espiritual, então podes querer concentrar-te em exercícios, kriyas, meditações, mudras e mantras (da tua tradição) para o campo magnético (aura), para o perdão, para ver o invisível, para conhecer o desconhecido. Juntamente com afirmações para recordar a unidade coletiva da humanidade. Em todos os casos pode ter a boa sorte de praticar a bondade e a gentileza.
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